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            A amitriptilina é um medicamento desenvolvido para tratar a depressão e ansiedade, mas frequentemente usamos no consultório para tratar a dor crônica. Ela pode ser encontrada nas farmácias pelo nome comercial Amytril.

            É um remédio que atua como inibidor da recaptação de noradrenalina e serotonina. A serotonina e a noradrenalina são neurotransmissores, ou seja, são moléculas produzidas pelos neurônios para a transmissão de um impulso nervoso, ou seja, para que as células nervosas conversem entre si.

            Quando a gente tem um machucado os nervos transmitem essa informação ao cérebro, que processa e depois manda um estímulo novo para o machucado, para controlar a dor. Essa transmissão é feita com a serotonina e a noradrenalina.

            Quando a pessoa apresenta uma dor crônica, essa interpretação da dor pelo cérebro e esse controle da dor realizado pelos nervos fica prejudicado.

            Assim, remédios como a amitriptilina aumentam o número desses neurotransmissores controlando a sensação da dor não no local do machucado, mas na interpretação pelo cérebro e nervos da pessoa.

            Então, é um remédio que é controlado, mas não é tarja preta, ou seja, não causa dependência, vício, mas precisa de receita especial em duas vias.    Além disso, costuma ser um dos antidepressivos mais baratos e é coberto pelo SUS.

            A amitriptilina é usada para depressão, ansiedade, dores crônicas e dores generalizadas, como fibromialgia, enxaqueca, dor neuropática, que é uma dor relacionada a um problema no nervo, como no diabetes e a dor do nervo ciático. Atua também de forma eficaz na dor lombar, cervical e dorsal crônica.

            Seu efeito terapêutico causa uma sensação de bem-estar, melhora o sono, melhora a disposição, a concentração e a memória e pode aumentar o apetite, o que às vezes pode ser bom ou ruim, de acordo com o caso.

            Ela é contraindicada para gestantes, mulheres amamentando e crianças menores de 12 anos, pessoas com arritmia, infarto agudo do miocárdio recente, glaucoma, alergia ao remédio, epilepsia e problemas no fígado.  Apesar da dose no tratamento da depressão chegar até 150-300 miligramas por dia, para a dor é utilizada entre 12,5 a 50 miligramas/dia.

            É um medicamento que não exige a necessidade de fracionar, ou seja, o remédio pode ser tomado uma vez ao dia, geralmente à noite, pois um dos seus efeitos colaterais é o sono.

            Assim como em outros antidepressivos no início a gente sente mais efeito colateral e menos efeito terapêutico principalmente nas 2 primeiras semanas e o tempo para o início do efeito terapêutico é em torno de 2 e 4 semanas com um efeito máximo demorando de 6 a 8 semanas.

            Ela não age diretamente na dor, mas sim modulando o nosso sistema nervoso, por isso, não adianta tomar um remédio desses para controlar uma dor aguda, ela não tem efeito imediato!

            Os principais efeitos colaterais incluem arritmia, aumento da pressão arterial, hipotensão ortostática, que é aquela sensação de desmaio quando a gente levanta rápido. Se você está tendo efeitos colaterais indesejáveis nas primeiras duas semanas, tenha paciência, que na grande maioria das vezes esses efeitos diminuem.

            Também pode dar palpitação cardíaca, sonolência, tontura, diminuição do raciocínio e memória, confusão mental, prisão de ventre, boca seca, glaucoma, irritabilidade, aumento do apetite e diminuição da libido. Para prevenir os sintomas segue o mesmo esquema dos outros começa com uma dose baixa e vai aumentando progressivamente.

            Não se deve parar de uma vez a amitriptilina, porque pode levar a síndrome da descontinuação do uso, ou seja, a pessoa tem efeitos colaterais na falta do remédio. Por tanto, tem que diminuir progressivamente a dosagem a cada 15 dias aproximadamente. Isso não é dependência ou vício, mas que tem que ser tomado esse cuidado.

            Como vocês viram a amitriptilina é um remédio com uma série de particularidades e o tratamento da dor crônica deve ser individualizado. Por isso, é fundamental que não se automediquem com esse tipo de remédio e tenham um acompanhamento médico.

            Se ficou com alguma dúvida, gostaria de fazer alguma sugestão, ou alguma colocação, escreva abaixo nos comentários.          Agora se necessita agendar uma consulta, atendo como ortopedista em São Paulo (Itaim Bibi e Higienópolis) e Alphaville (Barueri / Santana de Parnaíba) e por telemedicina.

REFERÊNCIA:

Bula

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