Olá, seja bem-vindo ao meu blog. Aqui é o doutor Oliver, médico ortopedista, e estou de volta para compartilhar mais informações sobre remédios naturais e fitoterápicos.
No meu consultório, eu vejo com frequência os pacientes, reclamando de inchaço nas pernas, tanto por problemas de circulação quanto pessoas que fizeram cirurgias nas pernas ou tiveram algum tipo de trauma.
No artigo de hoje, vamos falar sobre a castanha-da-Índia, uma planta bastante conhecida por suas propriedades medicinais para a melhora da circulação.
Hoje, vou explicar tudo sobre a castanha-da-Índia: o que é, para que serve, como age no organismo, possíveis efeitos colaterais, e as diferentes formas de utilizá-la como remédio fitoterápico.
Eu juntei informações importantes sobre o uso da castanha-da-Índia que quase ninguém fala por aí. Inclusive, estou colocando a referência dos links dos artigos ao final desse texto.
Eu peço para que fique até o final do vídeo, que apesar dos benefícios, existe uma substância nessa planta, muito tóxica para o organismo, então tem que usar da forma correta para ter seus benefícios com segurança.
Se preferir ver na forma de vídeo, este é um texto adaptado de um vídeo publicado no meu canal do YouTube:
Então vamos lá?
A castanha-da-Índia é uma planta medicinal nativa da região dos Bálcãs, na Europa, e conhecida cientificamente como Aesculus hippocastanum. Ela é uma árvore de grande porte, que pode chegar até 25 metros de altura, e suas sementes são usadas para fins medicinais.
A castanha-da-Índia possui propriedades anti-inflamatórias, vasoconstritoras e venotônicas, ou seja, é utilizada principalmente para tratar problemas circulatórios, como varizes, hemorroidas e inchaço nas pernas por insuficiência venosa crônica.
A castanha-da-Índia contém uma substância chamada aescina, que atua diminuindo a inflamação e melhorando o tônus das veias, diminuindo a permeabilidade dos vasos sanguíneos, ou seja, diminuindo a saída de líquido das veias para os tecidos do corpo e, assim, reduzindo o inchaço.
Quais os possíveis efeitos colaterais e riscos do uso das castanha-da-Índia
Embora a castanha-da-Índia seja geralmente considerada segura quando usada corretamente, algumas pessoas podem ter efeitos colaterais como dor de estômago, náuseas, coceira e dores de cabeça.
Olha gente, presta muita atenção agora!
A semente e a casca da castanha-da-índia são tóxicas para o consumo, porque tem concentrações muito altas de uma outra substância que chama que chama esculina. Essa substância se for consumida em grande quantidade pode levar à problemas no fígado, rins e sistema nervoso central, ou seja no cérebro e na medula espinhal.
Portanto, o consumo dessas partes da planta não é indicado para nenhuma pessoa.
Além disso, os remédios fitoterápicos não são recomendados para mulheres grávidas ou em período de amamentação, crianças pequenas e pessoas com problemas renais ou hepáticos.
A castanha-da-Índia pode ser consumida em forma de cápsulas, comprimidos, cremes ou tinturas.
No caso das cápsulas e comprimidos, siga as instruções do fabricante em relação à dosagem e frequência. Geralmente as dosagens indicadas são de 500 a 1000mg por dia divididos em 2 ou 3 tomas por dia.
Na forma concentrada de aescina, é indicado 100-150mg por dia, divididas em 2 ou 3 tomadas por dia também.
Para os cremes, aplique uma quantidade adequada na área afetada, conforme as orientações do fabricante.
No caso das tinturas, dilua algumas gotas em um copo de água e beba conforme as orientações do fabricante, normalmente também, de 2 a 3 vezes ao dia.
Uma coisa que eu acho sempre importante lembrar é que, é fundamental adquirir a castanha-da-Índia de fornecedores confiáveis pelo risco de intoxicação ou contaminação.
O ideal também é sempre consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com plantas medicinais, especialmente se você tiver algum problema de saúde ou estiver tomando medicamentos.
Agora, vem a parte que eu acho mais interessante do artigo, discutir um pouco se vale à pena mesmo ou não usar a castanha-da-Índia para tratar problemas circulatórios e outros benefícios atribuídos a ela.
Para discutir isso, vou explicar um pouco como eu raciocino em relação aos fitoterápicos.
Mas antes, se você se interessa por conteúdos de saúde, gostaria de convidar para se inscrever no canal do YouTube e compartilhar com outras pessoas que possam se interessar por esse artigo/vídeo.
Então, continuando, a castanha-da-Índia já é reconhecida internacionalmente como planta medicinal há décadas.
Como vocês viram, não é porque é natural que não faz mal ou também, coisa natural não funciona.
No que diz respeito à castanha-da-Índia, especificamente, já foram identificados e isolados compostos bioativos, como a aescina e a esculina, e a ciência já sabe como eles agem no corpo, através de estudos com essas substâncias, e parte desses efeitos já foram comprovados em estudos clínicos, como alívio da dor e redução do inchaço nas pernas.
Os estudos com a castanha-da-Índia são laboratoriais e clínicos, com humanos, e têm níveis de evidência científico bons. Alguns outros sintomas são mais subjetivos e podem ser efeito placebo, ou seja, psicológico.
A aescina da planta, ajuda nos sintomas das pessoas com problemas de circulação, mas não tem ainda comprovação de regredir a doença, ou seja, de curar a pessoa.
Como vocês viram, não se deve comer a planta para ter os benefícios e da mesma forma, eu não aconselho no caso da castanha-da-Índia a preparar chás caseiros, por causa da esculina, que a gente não consegue separar durante a preparação.
A melhor forma de consumir essa planta medicinal, pelos riscos de toxicidade, é com medicamentos fitoterápicos de laboratórios confiáveis.
Então, para resumir, eu acho válido usar a castanha-da-Índia para tratar os sintomas dos problemas circulatórios, como varizes, hemorroidas e inchaço da insuficiência venosa crônica, desde que seja utilizado corretamente e com orientação médica.
Bom, pessoal, se vocês gostaram deste artigo sobre a castanha-da-Índia, não se esqueçam de se inscrever no canal e compartilhar com seus amigos e familiares.
Agora, eu deixo a seguir os links que falei e outros artigos do blog sobre outros temas que têm tudo a ver com esse.
Um grande abraço e até o próximo!
Artigos:
https://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/article-abstract/189561
https://link.springer.com/article/10.1016/j.bjp.2015.05.009
https://link.springer.com/article/10.1007/BF02850359
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003230.pub4/full
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/J157v04n02_03