Ao longo do dia, utilizamos as várias articulações do nosso corpo em diferentes atividades, seja no trabalho ou em momentos de lazer. E uma das junções mais exigidas é o joelho, pois é graças a ele que realizamos movimentos triviais como caminhar, sentar-se e agachar-se.
Com o uso contínuo e o passar do tempo, o joelho pode sofrer com patologias caracterizadas pelo desgaste. Um exemplo é a condromalácia patelar, que consiste em um processo de “amolecimento” da cartilagem da patela, o osso redondo localizado na parte frontal do joelho.
E assim como a maioria das disfunções que acometem o joelho, a condromalácia patelar – também conhecida como condropatia – tem como tendência evoluir gradualmente – especialistas ainda não chegaram à conclusão se há cura em estágio inicial.
Nestes momentos iniciais, por exemplo, são recomendados tratamentos conservadores, como fisioterapia e medicação. Mas e quando o problema começa a se agravar, o que fazer?
Neste artigo, iremos falar exatamente sobre tratamentos minimamente invasivos para casos mais avançados e refratários – ou seja, que não apresentam melhora com alternativas conservadoras.
Imagem De Artroscopia De Lesão De Cartilagem Tratada Com Microfraturas
Depois que estiver ciente das circunstâncias do caso – como sintoma, gravidade e afins – o ortopedista poderá definir o tratamento mais indicado. Como observado no início do artigo, quando o paciente ainda está em um nível mais brando da patologia, a recomendação é de medicação e exercícios fisioterápicos.
Mas quando a condromalácia patelar deixou de ser amena e já começa a entrar em um grau intermediário – ou quando remédios e fisioterapia não surtiram efeito – os tratamentos minimamente invasivos podem ser a melhor opção.
Utilizada para tratar avarias no interior de uma articulação, a artroscopia é um método considerado relativamente simples, seguro, eficaz que pode reduzir radicalmente os sintomas e devolver uma melhor qualidade de vida ao paciente.
No caso da condromalácia patelar, o procedimento busca uma regularização da cartilagem patelar a partir da remoção de fragmentos soltos da cartilagem “amolecida” e da limpeza geral da articulação. Através da artroscopia, o médico pode ainda realizar outros procedimentos.
Por exemplo, o desprendimento de tecidos fibrosos que se encontram demasiadamente tensionados, o que aumenta a eficácia do procedimento; e a técnica de microfraturas, que caracteriza-se por pequenos furos no osso, o que estimula as células-tronco da medula óssea a reverter o “amolecimento” da cartilagem da patela.
Outras formas de tratamentos minimamente invasivos incluem os bloqueios nervosos para dor, como a radiofrequência e a neuromodulação, também conhecia como radiofrequência pulsada. Neste procedimento, realiza-se a modulação e inativação dos nervos responsáveis pela sensibilidade dolorosa da articulação. No caso, a sensibilidade tátil, o equilíbrio e outras sensações são preservadas.
Procedimentos que vem ganhando espaço no tratamento das condropatias incluem os de medicina regenerativa, como a infiltração com células da medula óssea e células mesenquimais do tecido adiposo, que possuem alto potencial de diferenciação em células novas de diferentes tecidos.
Portais da artroscopia do joelho
A condromalácia patelar – ou condropatia – é uma patologia progressiva e irreversível – especialistas ainda não chegaram à conclusão se há cura em estágio inicial – que acomete o joelho, resultando no desgaste da cartilagem da patela, o osso circular localizado na parte frontal da articulação.
Este desgaste consiste no processo de “amolecimento” do tecido patelar, que pode ser desencadeado por diferentes motivos. O principal deles é a alta repetição de movimentos de flexão e extensão, que realizamos em atividades comuns do dia-a-dia, como caminhar, agachar-se e subir e descer escadas.
Ou seja, qualquer um de nós que realiza quaisquer destes movimentos diariamente está sujeito à disfunção. E não é preciso ter nenhuma doença pré-existente para isto! O que existem são outros fatores de risco, como alterações biomecânica e anatômica, sobrepeso e condições genéticas femininas.
Então, é importante estar atento a dores ao redor da patela, inchaço local e sensação de falseamento e estalos no joelho, que são alguns dos sintomas de condropatia patelar.
Caso note algum destes indícios, procure um ortopedista, que irá realizar os devidos exames para descartar ou diagnosticar a doença. Em caso de confirmação, ele poderá detectar em qual grau ela se encontra dentre os quatro e recomendar o melhor tratamento.
Nos quadros intermediários, ou seja, que não são mais leves ou que não tiveram evolução com métodos conservadores (como medicação e fisioterapia), a melhor opção são os tratamentos minimamente invasivos.
Considerada relativamente simples, segura, eficaz e de fácil recuperação, a artroscopia, os bloqueios e as infiltrações regenerativas então entre as técnicas mais usadas atualmente. Devolvendo qualidade de vida aos pacientes portadores de lesões condrais na patela.
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Referências (em inglês):
-Condromalácia
-Condromalácia Patelar
-Tratamentos para Condromalácia