Oi, pessoal! Tudo bem? Para quem prefere ler, este é um texto adaptado do meu vídeo publicado no canal do Youtube:
A osteoporose e a osteopenia são doenças que enfraquecem nossos ossos e são responsáveis por até 9 milhões de fraturas por ano, segundo a OMS. Fraturas do fêmur, especialmente em idosos, podem aumentar a mortalidade em 30% no primeiro ano após a ocorrência.
Os bifosfonatos, como o alendronato, são a primeira opção de medicamento para a prevenção e tratamento da osteoporose. Contudo, devido aos seus efeitos colaterais e complicações, muitas pessoas não conseguem utilizá-los. O Denosumabe, também conhecido como Prolia ou Xgeva, surge como alternativa, com a vantagem de ser aplicado apenas duas vezes ao ano. É de fácil aplicação, o que facilita muito sua administração. Então, se você quer saber mais sobre esse medicamento, continue acompanhando este vídeo que vou explicar tudo!
Bom, pessoal, como o vídeo está um pouco mais longo do que o habitual e, talvez, você queira apenas uma informação específica, estou disponibilizando capítulos para facilitar a sua navegação. E, se você gostou dessa ideia, deixe sua curtida ou comentário! Vamos lá?
Antes de falarmos sobre o denosumabe, vou explicar de forma simples a fisiologia do osso e como surge a osteoporose. Basicamente, o osso está sempre em renovação: formando novo tecido ósseo e removendo o antigo. Para isso, temos dois tipos de células: o osteoblasto, que forma o osso, e o osteoclasto, que o remove. Ambas são essenciais para manter nossos ossos resistentes. Além disso, o osso é um reservatório de cálcio e outros sais minerais essenciais para várias funções do corpo, como a contração muscular.
Conforme envelhecemos, especialmente no caso das mulheres após a menopausa, há uma diminuição significativa de hormônios como o estrógeno e a progesterona. O osteoblasto, que produz o osso, torna-se menos ativo do que o osteoclasto, responsável por remover o osso. Com o tempo, isso resulta em um osso poroso e frágil.
O denosumabe foi registrado em 2011 e, desde então, tem sido amplamente usado no tratamento da osteoporose e osteopenia, assim como em casos de câncer nos ossos. Seus nomes comerciais são Prolia e Xgeva. Embora não seja um medicamento barato, oferece um bom custo-benefício, pois é administrado apenas duas vezes por ano.
O denosumabe é um anticorpo monoclonal que bloqueia a ação de uma proteína chamada RANKL. Calma, vou simplificar: ele reduz a atividade do osteoclasto (célula que degrada o osso). Assim, há um aumento na massa óssea e uma melhora na sua resistência, especialmente na coluna. Com isso, os osteoblastos, que estão produzindo osso em uma velocidade menor, conseguem formar mais tecido ósseo do que o que está sendo degradado, aumentando a densidade do osso. Este medicamento adere ao osso por um longo período e é altamente eficaz no tratamento da osteoporose, dor óssea e hipercalcemia, que são mais frequentes em pacientes com câncer.
No entanto, nem tudo são flores. Este medicamento apresenta efeitos colaterais que não podem ser ignorados. Mas, antes de explicar quando e como deve ser administrado, vou detalhar esses riscos.
Os principais efeitos colaterais do Prolia incluem fadiga, náusea e falta de ar. Em geral, estes sintomas são temporários e desaparecem após algumas horas ou dias. O denosumabe também pode causar efeitos colaterais graves, como dificuldade para respirar, reações alérgicas, osteonecrose da mandíbula, baixos níveis de cálcio no sangue e fraturas atípicas do fêmur, que são um tipo mais raro de fratura.
Assim, se você deseja prevenir ou tratar a osteoporose, pense duas vezes antes de tomar qualquer medicamento e procure sempre orientação médica.
Quando devem ser tomados
O Prolia ou Xgeva são indicados para o tratamento de homens e mulheres com osteoporose e fraturas decorrentes desta condição. São também indicados para pacientes com osteopenia e fatores de risco para osteoporose e fraturas, como tabagismo, idade avançada, menopausa precoce, histórico familiar de osteoporose, sedentarismo, alcoolismo, entre outros. Além disso, são prescritos para tratar metástases ósseas em casos de câncer de pulmão, próstata e mama, exceto no caso de mieloma múltiplo.
Quem não pode tomar
Gestantes, mulheres que estejam amamentando e pessoas alérgicas ao denosumabe. Como outros medicamentos para osteoporose, ele pode causar osteonecrose de mandíbula. Esta complicação é mais comum quando associada a quimioterápicos, corticoides e procedimentos odontológicos, ou em casos de infecções locais e má higiene bucal. O medicamento pode ainda causar baixos níveis de cálcio no sangue. Diferentemente dos bifosfonatos, como o alendronato e o ácido zoledrônico, ele não é contraindicado para pacientes com insuficiência renal.
Antes de especificar as dosagens, é importante ressaltar que aqueles que tratam osteoporose e osteopenia precisam ajustar a reposição de cálcio e vitamina D. Geralmente, é indicado o consumo de 1000mg de cálcio elementar e cerca de 1000 unidades de vitamina D diariamente.
Recomenda-se administrar o denosumabe a cada seis meses. Para aqueles que recebem o medicamento para prevenir ou tratar a osteoporose, são 60mg a cada seis meses, por via subcutânea. Para tratamento de metástases ósseas, a dose varia e, em alguns casos, pode ser administrada a cada quatro semanas.
Pessoal, a osteoporose e a osteopenia são problemas sérios e, para muitos, silenciosos. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico regular, bem como a prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada, rica em cálcio e vitamina D. Se você tem alguma dúvida ou gostaria de saber mais sobre outro tema, deixe nos comentários. E lembre-se: saúde é o nosso maior bem, cuide-se!
Espero que tenham gostado deste vídeo. Se você gostou, por favor, deixe seu like e se inscreva no canal. Grande abraço e até a próxima!
–Bula