O Omeprazol é um antiácido da mesma família do Pantoprazol e do Esomeprazol. É um dos remédios mais vendidos no mundo, competindo com a Dipirona, o Tylenol, a Aspirina, entre outros.
Esses medicamentos agem bloqueando uma enzima, que é uma proteína, conhecida como bomba de prótons. Ou seja, eles bloqueiam a produção de ácido no estômago, aumentando o PH do estômago, ou seja, diminuindo a acidez.
Estes remédios chegam a diminuir até 90 a 95% da acidez estomacal! É bastante coisa, e isso tem um lado bom e mas também tem um lado bem ruim, que eu vou explicar mais para frente.
As indicações destes remédios são parecidas com as da ranitidina. Entre elas podemos citar: casos de refluxo gastroesofágico, esofagite, azia, gastrite, úlcera do duodenal e úlcera gástrica.
Porém, é importante lembrar de investigar a causa dos sintomas da gastrite, da queimação e da azia, pois pode ser um sinal de uma doença mais séria ou grave no estômago, como úlceras e o próprio câncer gástrico. Ou também infecção pelo Helicobacter pylori, que é uma bactéria.
Nesses casos, o uso só do antiácido é insuficiente, precisando de antibióticos e outros remédios para conseguir curar a doença.
Os efeitos colaterais mais imediatos incluem: a diarréia e dores abdominais, mas não da própria gastrite e sim cólicas intestinais e gases. Já os efeitos colaterais do uso prolongado eu vou explicar com calma mais adiante, porque tem muitos detalhes importantes.
Falando um pouco do uso, as cápsulas de omeprazol não devem ser cortadas ou divididas. Diferentemente da ranitidina, que costuma-se tomar à noite, o omeprazol, o pantoprazol e os outros remédios da mesma classe, devem ser tomados de preferência em jejum, 1 hora antes da refeição, geralmente de manhã por conta da absorção do medicamento.
Para quadros de azia e gastrite leve, seu efeito demora poucas horas, mas para casos mais crônicos e graves, demora geralmente em torno de 3 a 4 dias para melhora dos sintomas.
Quanto ao uso, freqüência e dose, vai depender caso à caso, por isso é fundamental procurar um médico para o acompanhamento. Geralmente o omeprazol pode ser utilizado 20 miligramas uma vez por dia, em jejum, como eu expliquei antes, até 40 miligramas, 2 vezes por dia dependendo de caso a caso. Esse uso pode durar até 8 semanas.
O omeprazol também pode ser usado para prevenir gastrites pelo uso de remédios, principalmente anti-inflamatórios, inclusive tem uma versão de cetoprofeno, que é o profenid, que já tem na fórmula o omeprazol.
Assim como no omeprazol, dosagem do pantoprazol em adultos é de 20 miligramas uma vez por dia, para quadros de gastrite, 40 miligramas uma vez por dia nos casos de úlcera no estômago ou duodeno e, 40 miligramas 2 vezes por dia nos casos de infecção pelo Helicobacter pylori.
O omeprazol pode ser utilizado por gestantes e mulheres amamentando com supervisão médica e acompanhamento regular. Já o pantoprazol não é indicado para gestantes, mulheres amamentando e crianças com menos de 5 anos de idade.
A dose deve ser ajustada para pacientes com doença nos rins e fígados e crianças com mais de 5 anos, com supervisão médica. A posologia do esomeprazol magnésio, eu seja, a forma de uso, segue de maneira semelhante ao do omeprazol e pantoprazol, explicados antes.
Os inibidores de bombas de prótons, como o omeprazol, prejudicam a absorção de sais minerais e vitaminas, principalmente diminuindo a absorção de vitamina B12. Por conta disso, no uso crônico, pode levar a demência, além disso pode levar ao aumento do risco de osteopenia, osteoporose e fraturas pela diminuição da absorção de cálcio, fósforo e vitamina D.
Além disso, o ácido produzido naturalmente no estômago, ajuda na quebra de proteínas dos alimentos, melhorando sua absorção. Assim, no uso crônico desses medicamentos, sem supervisão, podem ocorrer doenças por má absorção como no caso da demência e da osteoporose, e até piorar quadros de sarcopenia, que é a doença onde ocorre a perda grave de massa muscular.
O uso crônico do omeprazol, pode leva também ao aumento do risco de infecção gastrointestinal, isso porque o ácido do estômago serve como proteção matando uma série de germes e micróbios, que são ingeridos durante a alimentação, esse risco felizmente é baixo.
A dificuldade em digerir proteínas no estômago, é um fator de risco também para alergias. Isso ocorre porque, essas proteínas que não são quebradas e digeridas, podem sensibilizar o sistema imunológico do intestino levando a doenças como doença celíaca (alergia ao glúten) e alergia a proteínas do leite, que é diferente da intolerância a lactose, a alergia aos frutos do mar, carne de porco, entre outros alimentos.
Se ficou com alguma dúvida, gostaria de fazer alguma sugestão, ou alguma colocação, escreva abaixo nos comentários. Agora se necessita agendar uma consulta, atendo como ortopedista em São Paulo (Itaim Bibi e Higienópolis) e Alphaville (Barueri / Santana de Parnaíba) e por telemedicina.
REFERÊNCIAS: