O joelho é uma articulação formada por diversos componentes, como ligamentos, meniscos, tendões, cartilagem e ossos – as extremidades do fêmur e da tíbia, os maiores da perna, por exemplo, se encontram ali.
E por ser tão complexo, é extremamente vulnerável a lesões, como rupturas, inflamações e até degeneração, provocadas por fatores como movimentos repetitivos, sobrecarga em atividades cotidianas, obesidade e idade avançada.
A boa notícia é que, com a evolução da medicina – sobretudo, da ortopedia – é proporcional a variedade de tratamentos para cada caso de patologia no joelho.
E uma técnica moderna, que vem sendo bastante difundida no Brasil, é a cirurgia de prótese do joelho, que como o nome já adianta, é um procedimento que consiste em corrigir uma lesão através da substituição de superfícies articulares por implantes artificiais metálicos.
Mas antes de falar da cirurgia propriamente dita, vamos entender melhor, neste artigo, outros aspectos, como os diferentes tipos de prótese; em que casos o médico deve lançar mão do procedimento; e quando é o momento de recomendá-lo.
Anatomia do Joelho
Como observado na introdução, a cirurgia de prótese do joelho – uma das intervenções cirúrgicas que mais evoluiu nos últimos anos e que também é conhecida como artroplastia – corrige uma lesão através da substituição de superfícies articulares por implantes artificiais metálicos, que são fixados ao osso através de um cimento especial.
O objetivo é devolver ao paciente a forma e o alinhamento do joelho lesionado a fim de alcançar, para uma melhor qualidade de vida do indivíduo, os seguintes benefícios:
– Restabelecer a estabilidade e a mobilidade da articulação;
– Reduzir consideravelmente a dor;
– Corrigir deformidades;
– Eliminar a claudicação (gesto de mancar enquanto anda).
A cirurgia de prótese do joelho é considerada segura e eficaz, mas é bem verdade que se trata de um procedimento um pouco mais complexo do que, por exemplo, uma artroscopia. Portanto, é importante que o paciente pense bem antes de fazer sua escolha, inclusive conversando com a família e com seu médico pessoal para pôr na balança os prós e contras.
Mas, antes de mais nada, é necessário saber se trata mesmo de um caso de cirurgia de prótese do joelho. Em geral, a intervenção é indicada para pacientes de artrite reumatoide, espondilite anquilosante, espondiloartropatias soronegativas, artrite psoriática, artrites associadas com doença intestinal crónica (doença de Crohn, colite ulcerativa), artroplastia pós-osteotomia, artrose pós-traumática e idiopática e artrose primária idiopática – esta última reúne o maior número de casos.
Então qualquer paciente diagnosticado com alguma destas doenças pode ser submetido à cirurgia de prótese do joelho?
Na verdade, não é bem assim, pois especialistas afirmam que a idade ideal para homens e mulheres é de 70 e 60 anos, respectivamente – o principal argumento é a durabilidade do implante, que varia entre 15 e 30 anos.
No entanto, isto não é uma regra. Pacientes mais novos podem optar pelo procedimento caso apresentem um quadro mais severo, com sintomas como:
-dor intensa ou rigidez no joelho que limitem atividades cotidianas
-ausência de resultados significativos com outros tratamentos e até cirurgias consideradas menos invasivas
-inflamação e inchaço que não regridem com repouso e uso de medicamentos
-deformidades severas
-falseio ao pisar.
Como são muitas as lesões que podem ser tratadas com a cirurgia de prótese do joelho, são diversos também os tipos de prótese – de modo que aquele escolhido possa suprir as necessidades do paciente em questão. Mas antes de entendermos a função de cada um, que tal conhecer melhor seus componentes?
Ao todo, são três componentes encontrados em uma prótese de joelho, que substituem as superfícies ósseas do fêmur, da tíbia e da patela. Eles encaixam peças de plástico (polietileno) e metal (confeccionadas a partir de titânio ou cobalto), que, juntas, pesam entre 300 e 400 gramas e permitem movimentos deslizantes suaves e pouco desgastantes. Vamos a eles:
Agora, sim, vamos detalhar cada tipo de prótese:
– Rolamento fixo – é o mais usado, no qual a peça de polietileno é fixada entre os componentes femoral e tibial;
– Rolamento móvel – em relação ao fixo, permite um grau maior de rotação tanto para os lados medial e lateral do joelho, quanto nos movimentos de flexão e extensão da articulação;
– Pivô medial (ou plataforma de giro) – com a peça de polietileno, permite ao indivíduo percorrer, com muita naturalidade, trajetos sinuosos;
– Ligamento cruzado posterior (com substituição ou preservação do mesmo) – a manutenção do ligamento cruzado posterior permite um movimento mais natural e estável, mas é um procedimento mais complexo tecnicamente com maior margem a erros, assim por ser utilizada a prótese que realiza a remoção do LCP utilizando um implante que compensa sua função, apresenta como vantagem também maior congruência entres as superfícies de contato, com maior durabilidade a longo prazo.
A cirurgia de prótese do joelho, também conhecida como artroplastia, é uma das intervenções cirúrgicas que mais evoluiu nos últimos anos e vem sendo bastante difundida por especialistas no Brasil nos últimos anos.
O objetivo do procedimento é corrigir lesões através da substituição de superfícies articulares por implantes artificiais metálicos fixados ao osso. Assim, é possível devolver ao paciente a forma e o alinhamento do joelho lesionado, o que o permitirá ter uma melhor qualidade de vida.
São resultados de uma cirurgia de prótese do joelho bem sucedida:
– Estabilidade e mobilidade da articulação restabelecidas;
– Dor reduzida significativamente;
– Deformidades corrigidas;
– Claudicação (gesto de mancar enquanto anda) zerada.
No entanto, não é recomendado – pelo menos, a princípio – que pacientes de todas as idades diagnosticados com alguma (s) destas enfermidades passem pela cirurgia de prótese do joelho. Especialistas apontam que a idade ideal para que homens e mulheres sejam operados é de 70 e 60 anos, respectivamente.
No caso dos mais jovens, apenas se apresentarem um quadro mais severo, com certos sintomas. Por exemplo, dor intensa ou rigidez no joelho que limitem atividades cotidianas, como caminhar, sentar, levantar e subir e descer escadas; inflamação e inchaço que não regridem com repouso e medicação; deformidades severas; e falseio.
E, por fim, para cada tipo de patologia e perfil de paciente, existe um tipo de prótese mais adequado. Ao todo são quatro: Rolamento fixo, o mais usado; Rolamento móvel, que permite um grau maior de rotação; Pivô medial, que facilita os movimentos em percursos sinuosos; Ligamento cruzado posterior, que dá mais estabilidade.
Referências (em inglês):