Sabe aquela conversa de que ao entrar na fase dos “enta”, a pessoa nunca mais deixa de ter problemas com a saúde e com o corpo? Então, esta história tem uma boa dose de exagero, mas também não deixa de ter um fundo de verdade, já que os cuidados devem ir aumentando conforme chegamos aos 40, 50, 60…
Uma patologia que tem como principais alvos aqueles que já entraram nos “enta”, por exemplo, é a artrose no joelho. Esta importante articulação no corpo humano, responsável por movimentos indispensáveis no cotidiano como caminhar, correr e sentar, é extremamente vulnerável a lesões (exatamente pelas exigências que a impomos), como rupturas de tecidos (ligamentos e meniscos) e inflamações de tendões (estrutura fibrosa que liga músculos e ossos).
Porém, são poucas as que demandam tanto a nossa atenção como a artrose no joelho, pois trata-se de um desgaste da cartilagem e dos outros tecidos da articulação que progride ao longo dos anos de forma irreversível – hoje em dia, não há comprovação de que algum tratamento seja capaz de reverter completamente o quadro.
De início o médico poderá realizar uma avaliação clínica, checando uma série de fatores. São eles:
– Os fatores de risco (idade avançada, obesidade, traumatismos pregressos e outras doenças como depressão e diabetes);
– Postura;
– Alinhamento e mobilidade das articulações;
– Força;
– Função muscular;
– Equilíbrio;
– Histórico recente de lesões;
– Tratamentos já realizados e resultados;
– Frequência com que o paciente pratica atividades físicas;
– Hábitos de sono;
– Frequência com que se sente fadigado;
– Estado psíquico.
Em seguida, para uma maior precisão no diagnóstico, o profissional irá solicitar alguns exames. As opções são: exame físico, para detecção de inchaço e estalos; exames de imagem (radiografia ou ressonância), que podem ser importantes para observação de aspectos como grau de desgaste da cartilagem e de outros tecidos, foco da lesão e alinhamento articular, além de anormalidades como espaçamentos entre um osso e outro; osteófitos (os famosos bicos de papagaio); escleroses, cistos e outras deformidades.
Diferentes graus de Artrose no Joelho
Embora se trate de uma patologia crônica e progressiva, a artrose no joelho pode ser tratada de maneira conservadora. Ou seja, sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Mas não em todos os casos, é claro.
Se os exames apontarem para um quadro leve, é possível tratar o distúrbio sem métodos invasivos. A depender do que foi diagnosticado na avaliação clínica e nos exames, podem ser indicados diferentes tratamentos. Por exemplo, medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares; exercícios para fortalecimento muscular; e fisioterapia.
Medicações: esta modalidade de tratamento inclui medicações para controle da dor e para evitar a progressão da doença. As medicações para controle da dor são analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides, que podem ser alopatias ou fitoterápicos (cúrcuma, arnica, diacereína, etc). Entre as medicações para diminuir a progressão da doença existem os neutracêuticos e fitoterápicos, como o colágeno não hidrolisado tipo 2 (UC 2), condroitina e glicosamina.
Exercícios: possuem a finalidade de fortalecer os músculos, melhorando a função da articulação e melhorando a nutrição da cartilagem restante. Além disso, os exercícios promovem a perda de peso, diminuição das substâncias inflamatórias no organismo e liberação de endorfinas e miocinas (que possuem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios). A realização de atividades físicas em pacientes com artrose, deve ser supervisionada, por a execução incorreta, pode ter efeito contrário, piorando os sintomas.
Medicina Regenerativa e Bloqueios de Dor: tratamentos minimamente-invasivos que promovem o alívio da dor ao infiltrar substâncias (como o ácido hialurônico) para melhorar a lubrificação e nutrição articular, ou infiltração de analgésicos e anti-inflamatórios na própria articulação ou em nervos ao redor da articulação retirando a dor de forma eficaz, dispensando cirurgias maiores.
Outras Terapias: no tratamento conservador da artrose, não podems esquecer de outros tratamentos consagrados, como a fisioterapia, acupuntura e terapias cognitivos comportamentais, sendo a fisioterapia, o braço direito de todo o ortopedista no tratamento da maioria das lesões musculoesqueléticas.
Por fim, é importante destacar também que, independentemente do tratamento escolhido, para se obter resultados satisfatórios, serão necessários disciplina por parte do paciente e também um trabalho coletivo entre o ortopedista e outros profissionais, como fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos, nutricionistas e médicos clínicos.
Como é muito exigido em nosso dia-a-dia, em movimentos como correr, saltar e agachar, o joelho acaba se tornando um alvo em potencial de lesões. E são várias! Desde rupturas em tecidos moles, como o menisco e ligamentos, até a inflamação de tendões (as famosas tendinites).
Outro problema que afeta esta articulação – e que exige muita atenção, pois é progressiva – é a artrose. Trata-se do desgaste da cartilagem, que vai progredindo irreversivelmente com o passar do tempo – os idosos são as principais vítimas da patologia, e, hoje em dia, não há comprovação de que algum tratamento seja capaz de reverter o quadro.
O avançar da idade é o principal fator de risco para o indivíduo sofrer com artrose no joelho, mas outras causas também podem levar ao quadro: obesidade, traumatismos diretos no joelho e outras doenças como depressão e diabetes.
O paciente com artrose pode sofrer muito com dores, que é o principal sintoma desta patologia – mas é importante ressaltar que a intensidade da dor nem sempre tem relação com o nível de gravidade do distúrbio.
Outros sinais são: inchaço, limitação de movimentos e sensação de que o joelho está “maior”, entre outros. Caso note algo do tipo, a pessoa deve recorrer a um ortopedista.
Através de avaliação clínica, exames físicos e de imagem, o profissional poderá chegar a um diagnóstico – o que será fundamental, inclusive, para definir o tratamento mais adequado.
Sim, a artrose é crônica, progressiva e demanda atenção e cuidados, mas não chega ao ponto de ter como única alternativa de tratamento a cirurgia. Dependendo do caso, é possível optar por medicamentos, exercícios e fisioterapia.
Espero eu, que tenha lhe ajudado a entender mais sobre a artrose no joelho. Para saber mais, veja os outros artigos sobre o tema no meu blog.
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Referências (em inglês):
-Artrose: diagnóstico e tratamentos